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TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DA ESPACIDADE NA PARALISIA CEREBRAL


Desde o início da década de 80, a toxina botulínica tipo A vem sendo empregada com sucesso no tratamento da espasticidade decorrente da paralisia cerebral. Ela atua na junção entre as terminações nervosas e o músculo, inibindo aliberação de substâncias que levariam adiante o estímulo elétrico cerebral responsável pela contração mantida do músculo (espasticidade).
O músculo que recebe a medicação permanece mais relaxado por um período de aproximadamente 4 meses, no qual são realizados com maior ênfase exercícios específicos e uso de aparelhos (órteses) e posicionamentos, quando indicados.
Ao final desta fase, já sem ação direta da toxina, o músculo geralmente permanece alongado por um certo período, podendo manter os benefícios alcançados.
Com o passar do tempo, entretanto, poderá haver novo encurtamento, devido à manutenção do crescimento muscular em vigência da espasticidade permanente.

Não são todas as crianças com PC que têm indicação de tratamento com toxina botulínica, pois existem vários tipos. Somente as que apresentam espasticidade se beneficiam do tratamento.

O tratamento precoce é preferível para obter-se melhor resultado no tratamento das deformidades.

Sabe-se entretanto, que as duas primeiras aplicações de toxina botulínica são as mais eficazes e tem sido demonstrado que múltiplas aplicações podem provocar alterações musculares. O uso da toxina botulínica, portanto, deve ser bem planejado.

A medicação deve ser mantida na geladeira e transportada acondicionada em gelo. Não abra o frasco antes da aplicação, pois isso inutiliza a medicação. A aplicação é através de injeção Intramuscular.

O médico que avaliou a criança indica quais os músculos e os pontos a serem aplicados. A aplicação pode ser feita com analgesia tópica ou sob sedação anestésica.

A toxina botulínica praticamente não causa efeitos colaterais nas apresentações consagradas e nem restringe as atividades do paciente no dia da aplicação.

Após cerca de 3 dias os primeiros sinais de relaxamento muscular são notados e são máximos ao redor do segundo mês. A fisioterapia deve ser intensificada.

Pais e/ou cuidadores são parte fundamental do tratamento pois devem realizar exercícios orientados pela fisioterapeuta diariamente, visando o alongamento muscular, bem como a utilizarem corretamente as órteses (goteiras, talas de lona, etc). O médico agendará consultas regularmente para avaliar os resultados.

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